segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sérgio Cabral se desentende com bombeiros durante evento contra a dengue

Rio de Janeiro - O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, desentendeu-se hoje (23) com uma plateia de 1.200 bombeiros no Ginásio do Maracanãzinho, durante lançamento da campanha Cultura Antidengue e da apresentação dos militares que vão atuar como agentes contra focos de mosquito em seus horários de folga. Em dois momentos, os bombeiros discordaram, em coro, do discurso de Cabral.

 Na primeira ocasião, Cabral disse que os bombeiros recebem uma gratificação de R$ 700 pelo trabalho contra a dengue. Em coro, os bombeiros responderam “não” e passaram a se manifestar cada vez que o governador repetia o valor, que é repassado ao estado pelo Ministério da Saúde.

 Segundo a Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil do Rio, o valor pago é de R$ 566. Apenas somando-se os R$120 de auxílio-alimentação é que o valor se aproxima de R$ 700, chegando a R$ 686.

Em resposta à reação dos bombeiros, Cabral disse que aqueles que quisessem poderiam desistir do trabalho antidengue, porque havia dois mil bombeiros esperando pela oportunidade.

 Em outro momento, quando Cabral voltou a falar de gratificações no Corpo de Bombeiros, a plateia se manifestou contra o governador mais uma vez. “Eu estou numa assembleia do Corpo de Bombeiros ou no lançamento do [programa contra] dengue? Não estou entendendo. A gente está falando aqui de salvar vidas. E a gratificação que estamos dando está dentro da realidade orçamentária do estado”, disse Cabral.

 Depois da reação dos bombeiros, Cabral falou sobre o reajuste salarial de 5% concedido aos policiais e bombeiros pelo governo do estado neste ano. “Se os que me antecederam tivessem dado o reajuste que eu dei todo ano a vocês, que não foi nada de mais, certamente o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e a Polícia Civil teriam outro padrão salarial. Agora, ficaram quase seis anos sem dar reajuste”, respondeu Cabral.

 Depois do evento, Cabral saiu do Maracanãzinho sem falar com a imprensa. O secretário estadual de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Cortes, disse que não iria falar sobre a situação ocorrida durante o evento.

Fonte: Agência Brasil

Comentário: O governador Sérgio Cabral  gosta de bater boca com manifestantes, nesta segunda-feira, ele perdeu  a oportunidade de dialogar com as categorias prejudicadas pela política salarial implantada no Estado do Rio de Janeiro nos últimos anos, mais do que as perdas finaceiras acumuladas, a ausência de um política de recursos humanos que valorize o trabalhador público é o que mais incomoda o funcionalismo estadual.
O tratamento dispensado aos bombeiros não é muito diferente do tratamento recebido pelos policiais, profissionais de educação e saúde. A questão é que os  servidores públicos estaduais não conseguem acreditar que o governo Cabral vá melhorar as suas vidas. Deste jeito o governador está perdendo as melhores conidições para se reeleger.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Governo limita vale transporte e prejudica milhares de servidores do Iaserj

O governo do Estado decidiu limitar o vale transporte  dos servidores do Iaserj em R$  5.00, a medida provocou a indignação e revolta entre os trabalhadores do instituto ,  massacrados pelo baixos salários, eles  argumentam que muitos funcionários chegam a gastar mais de 20 reais por dia em passagem.
Uma situação agravada com a  transferência de servidores das unidades ambulatoriais para o Hospital Central, é o que acontece com funcionários que se deslocam de Niterói, São Gonçalo, Zona Oeste e Baixada para a sede do Instituito na Praça da Cruz Vermelha, no Centro do Rio.
Sem um anúncio oficial que esclareça as medidas adotadas predominam as informações obtidas no pátio, os boatos se multiplicam pela falta de compromisso e responsabildade dos atuais gestores em dialogar com aqueles que em qualquer organização são elementos  fundamentais: os servidores.

domingo, 15 de novembro de 2009

Promessas de Cabral 2

Da série  O Papel Tudo Aceita ou Prometeu mas não cumpriu


Está no programa de governo do Sérgio Cabral

  • Institucionalização do Programa de Incentivo à Priorização no Uso de Software Livre por todos os Órgãos da Administração Direta e indireta do Governo do Estado, como forma de reduzir custos com a aquisição de licenças de software.

Os computadores  disponíveis no Iaserj funcionam com software proprietário, equipamentos obsoletos que travam a todo o momento e que são constantemente  infectados por vírus oportunistas.A falta de uma política de informatização do Institituto impede o desenvolvimento de políticas públicas e a melhoria da qualidade dos serviços prestados à população.

Muitos setores do instituto funcionam sem computadores: listas de pacientes, agendas, e marcações são realizadas manualmente. Sem equipamentos de informática não é possível desenvolver um banco de dados dos pacientes,  demonstrando o grau de prioridade que o governo Cabral  dedica à informatização do serviço público.

Promessas de Cabral I

Da série O Papel Tudo Aceita ou Prometeu mas não Cumpriu

Está no programa de governo Sérgio Cabral:

Revitalização do IASERJ. O IASERJ,responsável pelo atendimento dos servidores do Estado, encontra-se numa situação crítica, devendo ser adotadas algumas ações emergenciais pelo Governo Sérgio Cabral para a sua recuperação.

Pelo visto acertaram no diagnóstico, mas erraram na medicação: o sucateamento lento e gradual está matando o paciente de inanição, além disso pratica a generosidade ( cessão do terreno do Iaserj ao Inca) com os recursos dos servidores públicos do Rio de Janeiro.

Sérgio Cabral acelera desmonte do Iaserj

A atual direção do Iaserj parece desconhecer as normas que regem a comunicação organizacional.

No dia a dia  da instituição, servidores são ignorados, a comunicação interna inexiste. Normas e procedimentos são adotados sem que haja uma comunicação formal.

Pressionado quanto às mudanças ocorridas como a cessão do terreno do Hospital Central  ao Instituto Nacional do Cancer (leia reportagem na revista do Inca) e a desativação de unidades ambulatoriais, a gestão atual emite notas para o público externo mas esquece solenemente o público interno.

Mais obsoleto impossível, tudo isso acontece em um governo que tem em sua chefia, um jornalista formado.

Leia abaixo trecho da reportagem e a nota do diretor de assistência Ewerton Martins, publicada pela versão online da Folha de S. Paulo em 13/10/2009.

O diretor de assistência do Iaserj, Ewerton Martins, afirmou em nota que o espaço onde atualmente funciona o Iaserj Central foi cedido ao Inca, mas a unidade não será desativada. Segundo Martins, o hospital será transferido para outra área, ainda a ser definida.

"A mudança de local só ocorrerá quando todos os serviços forem alocados em outro espaço. O Iaserj Central nunca contou com setor de angiologia e a maternidade que funcionava no local foi desativada há quase três anos, em função das condições precárias de atendimento. Além disso, o serviço tinha baixa procura: realizava entre 2 e 4 partos por mês", disse o diretor da unidade".

Ainda de acordo com Martins, a UTI neonatal foi desativada com a maternidade. Ele afirmou que os respiradores que estavam na UTI estão sendo usados na pediatria do SPA (Serviço de Pronto-Atendimento), que é de uso exclusivo dos servidores do estado e funciona 24h, no mesmo molde das UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento).

Procurada a Secretaria Estadual de Saúde, não se pronunciou.

GOVERNO CEDE TERRENO DO IASERJ SEM CONSULTAR SERVIDORES

 Em 28 de agosto de 2008, a situação do Iaserj foi discutida pelo deputado Luiz Paulo  com apartes dos deputados  Paulo Ramos e Cidinha Campos. De lá para cá pouca coisa mudou, o governo  mantém com os funcionários uma relação de silêncio, sem comunicação, os servidores especulam sobre o destino que lhes espera.

Após 15 meses, desde o discurso na Alerj  o governador Sérgio Cabral negocia o patrimônio dos servidores públicos estaduais com o Inca, sem  ouvir os maiores interessados, aqueles que com a contribuição mensal de seus salários construíram uma das mais importantes instituições de saúde do país.

O desmonte do Iaserj é um escândalo, centenas de milhares de  servidores públicos deixam de contar com uma estrutura que inclui uma rede de atendimento ambulatorial e o Hospital Central, considerado durante muitos anos, como referência nacional em saúde pública.

Abaixo um trecho do discurso do deputado Luiz Paulo:

 O SR. LUIZ PAULO - Sr. Presidente em exercício, Deputado Pedro Fernandes, Srs. Deputados, hoje, às 14 horas, a Deputada Cidinha Campos, o Deputado Geraldo Moreira e eu fomos visitar o que outrora fora as instalações do Iaserj, instituto do funcionário público que, hoje, está totalmente desativado. O que ficou ali demonstrado, de forma clara e insofismável, é que o governo do Estado não tem nenhum planejamento na área específica de como proceder em relação ao Iaserj.


No fim do ano passado, aconteceu em nossa Casa uma cerimônia na sala da Comissão de Constituição e Justiça, com a presença do governador do Estado, do vice-governador do Estado, do secretário de Saúde e de muitos parlamentares – muitos, tantos que eu prefiro não nomeá-los. Nessa reunião, o presidente da Alerj, Jorge Picciani, fez uma doação ao governo do Estado de um cheque de R$10 milhões, que teriam sobrado de não-gastos do orçamento da nossa Assembléia Legislativa, com a finalidade específica de serem investidos na recuperação do Iaserj.
 
O que verificamos hoje? O Iaserj está desativado. Os seus sete blocos, como seu pátio e seu terreno, foram objeto de cessão de uso para o Inca, publicado em Diário Oficial. Está lá uma porção do Hospital São Sebastião, única e exclusivamente, fazendo três a quatro punções por dia, para avaliar os casos de meningite, porque também não há nenhum internamento lá.
 
O ex-prédio em que funcionou o Iaserj está totalmente desativado, com seus equipamentos largados à sorte e todos os fichários daqueles que já utilizaram o Iaserj, isto é, os prontuários, abandonados pelas salas e pelo chão. 
 
Isso demonstra claramente que o Governo do Estado está em processo de desativação do Iaserj. Quando já terminávamos nossa visita, um médico da Secretaria de Saúde nos informou que o prédio central do Iaserj, um dos sete blocos, estaria sendo reformado, para que o Iaserj voltasse a funcionar. 
 
Parece-me que falta total transparência do Poder Executivo em relação a que política ele tem, de fato, para o Instituto dos Servidores Públicos. Parece-me que falta a verdade sobre o que se pretende em relação à política de saúde de nosso Estado. Parece-me que o Presidente desta Casa, Jorge Picciani, não tem o verdadeiro conhecimento, Deputada Cidinha Campos, daquilo que está acontecendo no Iaserj. 
 
Por isso, estou chamando este tema à pauta, para que a Deputada Cidinha Campos e o Deputado Geraldo Moreira possam refletir mais profundamente sobre o que constataram nessa visita e esta Casa se mobilize numa grande audiência pública, para que algo de fato possa ser feito, e não como está acontecendo hoje, a Casa como um todo quedando-se inerte e o rolo compressor passando em cima de todos nós.


A SRA. CIDINHA CAMPOS – V. Exa. me concede um aparte?




O SR. LUIZ PAULO – Concedo um aparte à Sra. Deputada Cidinha Campos.




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