sexta-feira, 2 de julho de 2010

Servidores do Carlos Chagas denunciam irregularidades




Segundo denúncia de servidores do Hospital Estadual Carlos Chagas feita nessa quarta-feira 30/06, o governo do estado pretende destinar 35 leitos daquela unidade para atender pacientes das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento). Os leitos em questão são da extinta enfermaria de Ortopedia do Hospital, desativada pelo governo no ano passado, como parte do desmonte da saúde pública implementado por Sergio Cabral Filho (PMDB). De acordo com a denúncia enviada ao Sindsprev/RJ, a intenção do governo é destinar os 35 leitos para as UPAs já a partir da próxima segunda-feira, 5 de julho. Ainda segundo a denúncia, bombeiros estarão no Carlos Chagas para receberem os pacientes das UPAs e ‘administrar’ os leitos cedidos.

“É mais um absurdo que o governo quer fazer na saúde. A medida é contraditória porque o próprio governo diz por aí que as UPAs são uma maravilha. Mas se são assim, por que então querem tirar leitos do Carlos Chagas para entregar às UPAs?”,

questiona a servidora da saúde estadual Rosimeri Paiva, que denuncia a falta de respeito do governo pelos servidores e a população usuária. “Enquanto reduzem os leitos do nosso Hospital para entregar às UPAs que só funcionam na propaganda, dezenas de pacientes ficam nos corredores da emergência esperando vagas. Não podemos aceitar. Temos que barrar mais essa tentativa de acabar com o Hospital”.

No dia 7 de julho, às 10h, os servidores do Carlos Chagas farão sua assembleia específica, seguida de manifestação na entrada principal da unidade, ao meio-dia. O caso dos leitos será um dos principais pontos da assembleia, junto com a campanha unificada do funcionalismo estadual por rejuste, condições de trabalho e planos de carreira.

Servidores da saúde estadual ficaram indignados pelo fato de o governo Cabral Filho, mais uma vez, ter excluído a categoria de qualquer proposta de reajuste salarial. Em vez de reajuste linear, o governo editou Decreto criando uma gratificação de 30% do vencimento básico (hoje inferior ao saláro mínimo) condicionada a um curso de qualificação.

Fonte: Muspe

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