quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal

Época propícia para a reflexão, aproveitamos para  desejar aos nossos leitores, servidores e beneficiários do Iaserj, um Feliz Natal e um 2010 repleto de boas notícias, salário justo, bom senso aos governantes, sustentabilidade, boas práticas administrativas e  melhores condições de trabalho e atendimento à população.


São os votos do Viva Iaserj.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Uma abordagem sobre o Fórum de Saúde e Segurança no Trabalho do Servidor

Avanir CarvalhoPontes

Servidores discutiram  propostas para o Iaserj

Foi realizado na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro – ALERJ, em 14/12/09, o Fórum sobre Saúde e Segurança no Trabalho do Servidor Público por iniciativa da Associação dos Funcionários do Instituto de Assistência do Estado do Rio de Janeiro – AFIASERJ, na pessoa de sua Presidente, Drª. Mariléa Lúcio Ormond a fim de dar conseqüência aos Projetos de Lei n°s 1843/00, 1844/00 e 1845/00, elaborados com base no Relatório da Semana de Segurança e Saúde no Trabalho do Servidor, realizada em atividades simultâneas no IASERJ Central, no Hospital Eduardo Rabelo e no auditório do IPERJ, em julho de 1999. Estes Projetos de Lei encontram-se engavetados, uma vez que foram classificados como “Indicações Legislativas”, o que significa que dependem da iniciativa do Governador do Estado em enviar a mensagem para que sejam transformados em Lei.




Desde então, o grupo que persegue o objetivo da implantação da saúde ocupacional do servidor como atividade do Estado cujos componentes principais são: Suli Ayres Sorrilha - Técnico de Segurança no Trabalho, Avanir Carvalho Pontes - Administradora e Professora, Dr. José Teixeira - Médico do Trabalho, Dr. Reynaldo Rocha Barros – Engenheiro de Segurança, Jacques Cherrique – Engenheiro Mecânico, representante da OIT, Pós-graduado em Segurança no Trabalho, Jorge Cesso – Técnico de Segurança no Trabalho, Carmen Rosália Barbeito Barreiro, Enfermeira com especialização em Gestão e Saúde no Trabalho e outros que vivem buscando formas de trazer para a luz das discussões esse assunto de suma importância no dia a dia de qualquer trabalhador.



O evento buscou dar um cunho político a essa reivindicação e desta vez inseriu a participação de representante do governo, na pessoa da Superintendente de Saúde, Segurança e Ambiente do Trabalho da Secretaria de Trabalho e Renda, Drª. Maria Cristina Rodrigues Menezes que apresentou um relatório onde estão relacionados diversos projetos contendo programas voltados para a temática do evento, mas que ainda não saíram do papel.



As palestras foram ricas em conteúdo e informaram dados colhidos em estatísticas oficiais, porém em todos esses dados não estão inclusos os acidentes de trabalho e nem as doenças adquiridas no trabalho pelos servidores públicos, fato que todos os palestrantes fizeram questão de evidenciar e solicitar aos deputados estaduais participantes do evento: Paulo Ramos (PDT) e Caetano Amado (PR) que elaborem um Projeto de Lei instituindo no Estado a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) para registrar estas situações no trabalho do servidor e gerar a obrigatoriedade de o governo assumi-las.



Avanir Carvalho Pontes aproveitando a abertura dada para perguntas indagou à representante do Governo sobre quando os servidores estaduais voltariam a ser submetidos aos exames periódicos que há mais de 15 (quinze) não são feitos e que quando existiam era possível fazer um tratamento preventivo sobre vários males que acometiam os servidores. A resposta não foi nada convincente porque a Superintendente se reportou ao programa a ser implementado e que consta no Relatório que havia mostrado. Não disse quando e nem esclareceu como seria essa implementação.


Suli Ayres Sorrilha palestrou sobre “Saúde, Segurança e a Omissão do Estado”, Jacques Cherrique sobre “Acidentes no Trabalho e Custo Brasil”, Reynaldo Rocha Barros, sobre “Responsabilidade Civil e Criminal dos Acidentes no Trabalho”, Dr. José Teixeira sobre “O Soerguimento do IASERJ”, a Enfermeira Carmen mostrou um trabalho de suma importância que é feito no IASERJ, através da palestra “Nova Abordagem no Tratamento de Feridas” que muito sensibilizou, principalmente aos servidores que desenvolvem suas atividades em pé durante muito tempo.

Reynaldo Barros, ex-presidente do Crea foi um dos palestrantes




Avanir Carvalho Pontes, Jorge Cesso, a professora Naila Costa Rodrigues, vice-presidente da Fasp  e o Delegado Dr. Osmar Saraiva atuaram no evento como moderadores.
Avanir Carvalho Pontes é professora, administradora e  diretora do Sindsprev









sábado, 12 de dezembro de 2009

Uma luz no fim do túnel?


Maristela Lopes, Mariléa Ormond e Paulo Américo

"O Iaserj não vai acabar", a garantia é da presidente do Iaserj, Maristela Lopes, respondendo aos questionamentos dos servidores,  em assembléia convocada pela Afiaserj, nesta sexta-feira (11). Realizado no auditório da Cardiologia no 2ª andar do ambulatório, o encontro serviu para esclarecer dúvidas a respeito da situação dos  funcionarios  e do  futuro da Instituição

Pariticiparam da mesa, além de Maristela Lopes, a presidente da Associação de Funcionários,  Mariléa Osmond e o advogado da Afiaserj, Paulo Américo.Eles responderam aos questionamentos levantados pelos servidores..


Questões como demolição do Hospital Central,Vale Transporte, Imposto de Renda, Auxílio Alimentação, reestruturação do Ambulatórios, foram discutidas pelos servidores. Além de desmentir o fim do Iaserj, Maristela Lopes informou sobre as dificuldades financeiras da instituição: o orçamento de R$ 128 mil mensais  é insuficiente para pagar as despesas com serviços básicos: somente  a conta da Cedae este mês alcançou a cifra de R$128 mil .

Maristela fez questão de divulgar boas notícias: O Instituto foi vitorioso na ação movida contra a Prefeitura do Rio, a decisão foi em última instância e o município foi condenado a pagar cerca de R$ 35 milhões, medidas jurídicas serão adotadas para que esta quantia chegue aos cofres do Iaserj.

Outra notícia importante é sobre o curso de Gestão em Saúde, uma Pós Graduação oferecida pelo Iaserj em parceria com o Instituto de Medicina da  Uerj, as inscrições, no valor de R$ 65,  serão abertas em breve e o trabalho final do curso será uma projeto que possa ser implantado no Iaserj.

A agenda positiva, no entanto, não elimina a necessidade de continuar lutando, há inúmeros pontos que precisam de respostas imediatas: financiamento, gestão,  planos de cargos, melhoria das condições de trabalho, preservação do partrimônio do Instituto.

Os funcionários sabem que precisam   enfrentar as decisões  do governo, entre elas, a cessão, sem consulta, de um  patrimônio contruído por gerações de servidores públicos que  garantiram por tantos anos uma assistência médica e hospitalar qualificada, considerada  referência nacional em saúde pública.
 
Inclusão cresce, mas maioria não tem acesso à internet 

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Fórum em defesa do Iaserj será no próximo dia 14/12

07/12/2009

Por Olyntho Contente

Da Redação do Sindsprev/RJ

No dia 14 deste mês, a partir das 10 horas, na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), estará sendo realizado o Fórum em Defesa do Iaserj (Instituto de Assistência aos Servidores do Estado). O evento está sendo organizado pela Alerj por solicitação da Associação dos Funcionários do hospital e do Sindsprev/RJ. Estão previstas homenagens a servidores e dirigentes sindicais que se dedicam à defesa do Iaserj, hoje ameaçado de demolição.

O Iaserj vem sendo sucateado e, no momento, sofre a ameaça de desaparecer. Patrimônio dos servidores públicos do estado, o prédio central do hospital foi doado pelo governador Cabral Filho ao Instituto Nacional do Câncrer (hospital federal), e pode ter sua sede central, na Rua Henrique Valadares, na Cruz Vermelha, demolida. Em seu lugar seria construído um campus do Inca. Apesar de pertencer aos servidores, o prédio do Iaserj, onde funcionam várias especialidades médicas, foi doado ao Instituto do Câncer, sem consulta aos servidores do estado e sem autorização da Alerj.

Ilegal, inconstitucional e imoral

Para a presidente da Associação de Funcionários do Iaserj, Mariléia Ormond, tanto a doação, quanto a demolição do Iaserj são atos ilegais, inconstitucionais e imorais perpretados pelo governador Cabral Filho e pelo Ministério da Saúde. “O Iaserj, criado em 1932, quando o Rio de Janeiro ainda era a capital do país, teve as suas unidades erguidas e equipadas, através das contribuições compulsórias dos servidores (2% do salário). Pela Constituição do Estado e por lei específica, ele pertence de fato e de direito a estes trabalhadores, sendo, portanto, a doação do prédio do Iaserj, feita pelo governador do estado ao Inca, ilegal, inconstitucional e imoral”, acusou.

Estão orçados para serem gastos, só na demolição, R$ 5, 572 milhões. O grupo escolhido para fazer o projeto de construção do novo prédio do Inca receberá mais de R$ 11 milhões. Na construção serão gastos R$ 321 milhões. O Iaserj, que é patrimônio dos servidores do estado, cujo prédio central e as demais unidades foram construídas e equipadas com dinheiro destes trabalhadores foi doado pelo governador Cabral ao Inca em 31 de março de 2008, sem autorização dos servidores ou aprovação de lei neste sentido.

Fonte: Sindsprev Jornal Online
COMUNICADO
 
Atendendo a solicitação da AFIASERJ, na pessoa de sua Presidente Mariléa Ormond,  o Instituto de Assistência dos Servidores do  Estado do Rio de Janeiro - IASERJ, por indicação parlamentar do DEPUTADO LUIZ PAULO CORRÊA receberá um aparelho "ECOCARDIÓGRAFO".

A solenidade de entrega do Termo de Declaração aconteceu dia 09/12/09 no Quartel de Bombeiros e o foi entregue pelo Governador Sérgio Cabral a Presidente da AFIASERJ
A responsabilidade pelo recebimento do aparelho ficou a cargo da Direção do IASERJ, que deverá ser agendado com a SESDEC( Secretaria de Saúde e Defesa Civil)

EM TEMPO: Decisões judiciais estão sendo tomadas viando impedir a doação e a demolição do IASERJ a favor do INCA.

Fonte: Avanir CarvalhoPontes

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009





Nesta sexta-feira (11/12) a Afiaserj promove assembléia que contará com a presença da Dra. Maristela Lopes, presidente interina do Iaserj, ela prestará esclarecimentos sobre o Auxilio Transporte e o Benefício Alimentação.



Na pauta do encontro, pontos importantes, como o Plano de Cargos, Carreira e Salário, a demolição do Hosp. Central na Praça da Cruz Vermelha para dar lugar ao novo Campus do Inca e o Soerguimento do Iaserj, tema do seminário que será realizado, na segunda-feira, às 10hs, na Assembléia Legislativa.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Governo do Estado cede terreno do Iaserj para o Inca


 A notícia que os servidores  públicos do Estado do Rio de Janeiro não gostariam de receber foi publicada na edição do  jornal O Globo, de 05 de dezembro de 2009, o teor da nota  não deixa margem para dúvidas: O Iaserj deixa a sede  da Praça da Cruz Vermelha.


 Instituição histórica é desmontada em três anos




O governo Cabral entrega ao Inca, o patrimônio construído há  77 anos  pelos servidores do estado. Um processo realizado sem consulta, sem diálogo, sem aviso prévio.






Novo Campus Integrado do INCA e Praça Cruz Vermelha, Centro do Rio





Redesenho da Cruz Vermelha

O Inca deu a largada do projeto que, até a Copa de 2014, vai transformar os arredores da Praça da Cruz Vermelha, no Centro do Rio. O governo do estado cedeu ao instituto a área de 14.585 metros quadrados (no alto, à esquerda) que fica atrás do hospital federal. Ali será erguido o Campus Integrado do Inca, complexo que reunirá os 18 endereços atuais do instituto, incluindo áreas de pesquisa, atendimento e tratamento. Na imagem seguinte (acima, à direita), está a nova cara da vizinhança após a conclusão projeto. O investimento total beira R$ 350 milhões. Os recursos virão do programa Mais Saúde, do governo federal. Abaixo, está a maquete do campus, que ainda será licitado. Sexta que vem, dia 11, o Inca fará em pregão eletrônico a concorrência para selecionar a empresa que vai desmontar e demolir as edificações da área cedida pelo estado.



Flávia Oliveira
Negócios & Cia.
O Globo - 05.12.2009



quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Iaserj é tema de Seminário na Alerj

Seminário "Soerguimento do Iaserj" na Alerj

O Presente e o futuro do Iaserj, a saúde e a segurança no trabalho, temas que serão debatidos por especialistas e servidores, na segunda-feira,  14 de dezembro,  na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro.

Informações e convites pelo telefone: (21)2232-6523  ou pelo email: afiaserj@gmail.com

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O Diálogo é possível?


O governador Sérgio Cabral concedeu, nesta terça-feira (1),  entrevista à Lúcia Hipólito no CBN Rio. Ao longo do programa foram abordados  temas de interesse da população, como segurança, Pré-Sal, saúde, fiscalização de barreiras, Lei Seca e salário dos servidores.

No que diz respeito ao funcionalismo, o  governador critica o radicalismo de certos setores mas não consegue explicar como servidores do Iaserj,  com mais de 30 anos de Estado, conseguem sobreviver com um vencimento base de R$ 157,04.

Não vale dizer que acrescidos de gratificações este salário pode chegar ao "absurdo" valor de  R$ 500,00, nem sendo mágico é possível manter uma família com esta remuneração. Na base da precariedade dos serviços estão,  não apenas, os baixos salários. A ausência  de ações na área de recursos humanos que trabalhe o clima organizacional da instituição e uma política de valorização dos servidores públicos  poderia contribuir para a melhoria da qualidade das condições de trabalho.

Resta a pergunta: ainda é possível acreditar em um diálogo entre governo e servidores no mandato de Sérgio Cabral ? Após 3 anos o que predomina nesta relação é a desinformação, a central de boatos diz que o Iaserj será transferido,  os servidores nada sabem, a direção nada responde. Prevalece um silêncio constrangedor.

Que esta passagem de ano signifique a possibilidade de construir novos rumos, que o governo do estado,  reconheça a importância do trabalho desses profissionais que buscam  desenvolver ações que contribuam  para a melhoria da qualidade de vida da população do Estado do Rio de Janeiro.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sérgio Cabral se desentende com bombeiros durante evento contra a dengue

Rio de Janeiro - O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, desentendeu-se hoje (23) com uma plateia de 1.200 bombeiros no Ginásio do Maracanãzinho, durante lançamento da campanha Cultura Antidengue e da apresentação dos militares que vão atuar como agentes contra focos de mosquito em seus horários de folga. Em dois momentos, os bombeiros discordaram, em coro, do discurso de Cabral.

 Na primeira ocasião, Cabral disse que os bombeiros recebem uma gratificação de R$ 700 pelo trabalho contra a dengue. Em coro, os bombeiros responderam “não” e passaram a se manifestar cada vez que o governador repetia o valor, que é repassado ao estado pelo Ministério da Saúde.

 Segundo a Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil do Rio, o valor pago é de R$ 566. Apenas somando-se os R$120 de auxílio-alimentação é que o valor se aproxima de R$ 700, chegando a R$ 686.

Em resposta à reação dos bombeiros, Cabral disse que aqueles que quisessem poderiam desistir do trabalho antidengue, porque havia dois mil bombeiros esperando pela oportunidade.

 Em outro momento, quando Cabral voltou a falar de gratificações no Corpo de Bombeiros, a plateia se manifestou contra o governador mais uma vez. “Eu estou numa assembleia do Corpo de Bombeiros ou no lançamento do [programa contra] dengue? Não estou entendendo. A gente está falando aqui de salvar vidas. E a gratificação que estamos dando está dentro da realidade orçamentária do estado”, disse Cabral.

 Depois da reação dos bombeiros, Cabral falou sobre o reajuste salarial de 5% concedido aos policiais e bombeiros pelo governo do estado neste ano. “Se os que me antecederam tivessem dado o reajuste que eu dei todo ano a vocês, que não foi nada de mais, certamente o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e a Polícia Civil teriam outro padrão salarial. Agora, ficaram quase seis anos sem dar reajuste”, respondeu Cabral.

 Depois do evento, Cabral saiu do Maracanãzinho sem falar com a imprensa. O secretário estadual de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Cortes, disse que não iria falar sobre a situação ocorrida durante o evento.

Fonte: Agência Brasil

Comentário: O governador Sérgio Cabral  gosta de bater boca com manifestantes, nesta segunda-feira, ele perdeu  a oportunidade de dialogar com as categorias prejudicadas pela política salarial implantada no Estado do Rio de Janeiro nos últimos anos, mais do que as perdas finaceiras acumuladas, a ausência de um política de recursos humanos que valorize o trabalhador público é o que mais incomoda o funcionalismo estadual.
O tratamento dispensado aos bombeiros não é muito diferente do tratamento recebido pelos policiais, profissionais de educação e saúde. A questão é que os  servidores públicos estaduais não conseguem acreditar que o governo Cabral vá melhorar as suas vidas. Deste jeito o governador está perdendo as melhores conidições para se reeleger.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Governo limita vale transporte e prejudica milhares de servidores do Iaserj

O governo do Estado decidiu limitar o vale transporte  dos servidores do Iaserj em R$  5.00, a medida provocou a indignação e revolta entre os trabalhadores do instituto ,  massacrados pelo baixos salários, eles  argumentam que muitos funcionários chegam a gastar mais de 20 reais por dia em passagem.
Uma situação agravada com a  transferência de servidores das unidades ambulatoriais para o Hospital Central, é o que acontece com funcionários que se deslocam de Niterói, São Gonçalo, Zona Oeste e Baixada para a sede do Instituito na Praça da Cruz Vermelha, no Centro do Rio.
Sem um anúncio oficial que esclareça as medidas adotadas predominam as informações obtidas no pátio, os boatos se multiplicam pela falta de compromisso e responsabildade dos atuais gestores em dialogar com aqueles que em qualquer organização são elementos  fundamentais: os servidores.

domingo, 15 de novembro de 2009

Promessas de Cabral 2

Da série  O Papel Tudo Aceita ou Prometeu mas não cumpriu


Está no programa de governo do Sérgio Cabral

  • Institucionalização do Programa de Incentivo à Priorização no Uso de Software Livre por todos os Órgãos da Administração Direta e indireta do Governo do Estado, como forma de reduzir custos com a aquisição de licenças de software.

Os computadores  disponíveis no Iaserj funcionam com software proprietário, equipamentos obsoletos que travam a todo o momento e que são constantemente  infectados por vírus oportunistas.A falta de uma política de informatização do Institituto impede o desenvolvimento de políticas públicas e a melhoria da qualidade dos serviços prestados à população.

Muitos setores do instituto funcionam sem computadores: listas de pacientes, agendas, e marcações são realizadas manualmente. Sem equipamentos de informática não é possível desenvolver um banco de dados dos pacientes,  demonstrando o grau de prioridade que o governo Cabral  dedica à informatização do serviço público.

Promessas de Cabral I

Da série O Papel Tudo Aceita ou Prometeu mas não Cumpriu

Está no programa de governo Sérgio Cabral:

Revitalização do IASERJ. O IASERJ,responsável pelo atendimento dos servidores do Estado, encontra-se numa situação crítica, devendo ser adotadas algumas ações emergenciais pelo Governo Sérgio Cabral para a sua recuperação.

Pelo visto acertaram no diagnóstico, mas erraram na medicação: o sucateamento lento e gradual está matando o paciente de inanição, além disso pratica a generosidade ( cessão do terreno do Iaserj ao Inca) com os recursos dos servidores públicos do Rio de Janeiro.

Sérgio Cabral acelera desmonte do Iaserj

A atual direção do Iaserj parece desconhecer as normas que regem a comunicação organizacional.

No dia a dia  da instituição, servidores são ignorados, a comunicação interna inexiste. Normas e procedimentos são adotados sem que haja uma comunicação formal.

Pressionado quanto às mudanças ocorridas como a cessão do terreno do Hospital Central  ao Instituto Nacional do Cancer (leia reportagem na revista do Inca) e a desativação de unidades ambulatoriais, a gestão atual emite notas para o público externo mas esquece solenemente o público interno.

Mais obsoleto impossível, tudo isso acontece em um governo que tem em sua chefia, um jornalista formado.

Leia abaixo trecho da reportagem e a nota do diretor de assistência Ewerton Martins, publicada pela versão online da Folha de S. Paulo em 13/10/2009.

O diretor de assistência do Iaserj, Ewerton Martins, afirmou em nota que o espaço onde atualmente funciona o Iaserj Central foi cedido ao Inca, mas a unidade não será desativada. Segundo Martins, o hospital será transferido para outra área, ainda a ser definida.

"A mudança de local só ocorrerá quando todos os serviços forem alocados em outro espaço. O Iaserj Central nunca contou com setor de angiologia e a maternidade que funcionava no local foi desativada há quase três anos, em função das condições precárias de atendimento. Além disso, o serviço tinha baixa procura: realizava entre 2 e 4 partos por mês", disse o diretor da unidade".

Ainda de acordo com Martins, a UTI neonatal foi desativada com a maternidade. Ele afirmou que os respiradores que estavam na UTI estão sendo usados na pediatria do SPA (Serviço de Pronto-Atendimento), que é de uso exclusivo dos servidores do estado e funciona 24h, no mesmo molde das UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento).

Procurada a Secretaria Estadual de Saúde, não se pronunciou.

GOVERNO CEDE TERRENO DO IASERJ SEM CONSULTAR SERVIDORES

 Em 28 de agosto de 2008, a situação do Iaserj foi discutida pelo deputado Luiz Paulo  com apartes dos deputados  Paulo Ramos e Cidinha Campos. De lá para cá pouca coisa mudou, o governo  mantém com os funcionários uma relação de silêncio, sem comunicação, os servidores especulam sobre o destino que lhes espera.

Após 15 meses, desde o discurso na Alerj  o governador Sérgio Cabral negocia o patrimônio dos servidores públicos estaduais com o Inca, sem  ouvir os maiores interessados, aqueles que com a contribuição mensal de seus salários construíram uma das mais importantes instituições de saúde do país.

O desmonte do Iaserj é um escândalo, centenas de milhares de  servidores públicos deixam de contar com uma estrutura que inclui uma rede de atendimento ambulatorial e o Hospital Central, considerado durante muitos anos, como referência nacional em saúde pública.

Abaixo um trecho do discurso do deputado Luiz Paulo:

 O SR. LUIZ PAULO - Sr. Presidente em exercício, Deputado Pedro Fernandes, Srs. Deputados, hoje, às 14 horas, a Deputada Cidinha Campos, o Deputado Geraldo Moreira e eu fomos visitar o que outrora fora as instalações do Iaserj, instituto do funcionário público que, hoje, está totalmente desativado. O que ficou ali demonstrado, de forma clara e insofismável, é que o governo do Estado não tem nenhum planejamento na área específica de como proceder em relação ao Iaserj.


No fim do ano passado, aconteceu em nossa Casa uma cerimônia na sala da Comissão de Constituição e Justiça, com a presença do governador do Estado, do vice-governador do Estado, do secretário de Saúde e de muitos parlamentares – muitos, tantos que eu prefiro não nomeá-los. Nessa reunião, o presidente da Alerj, Jorge Picciani, fez uma doação ao governo do Estado de um cheque de R$10 milhões, que teriam sobrado de não-gastos do orçamento da nossa Assembléia Legislativa, com a finalidade específica de serem investidos na recuperação do Iaserj.
 
O que verificamos hoje? O Iaserj está desativado. Os seus sete blocos, como seu pátio e seu terreno, foram objeto de cessão de uso para o Inca, publicado em Diário Oficial. Está lá uma porção do Hospital São Sebastião, única e exclusivamente, fazendo três a quatro punções por dia, para avaliar os casos de meningite, porque também não há nenhum internamento lá.
 
O ex-prédio em que funcionou o Iaserj está totalmente desativado, com seus equipamentos largados à sorte e todos os fichários daqueles que já utilizaram o Iaserj, isto é, os prontuários, abandonados pelas salas e pelo chão. 
 
Isso demonstra claramente que o Governo do Estado está em processo de desativação do Iaserj. Quando já terminávamos nossa visita, um médico da Secretaria de Saúde nos informou que o prédio central do Iaserj, um dos sete blocos, estaria sendo reformado, para que o Iaserj voltasse a funcionar. 
 
Parece-me que falta total transparência do Poder Executivo em relação a que política ele tem, de fato, para o Instituto dos Servidores Públicos. Parece-me que falta a verdade sobre o que se pretende em relação à política de saúde de nosso Estado. Parece-me que o Presidente desta Casa, Jorge Picciani, não tem o verdadeiro conhecimento, Deputada Cidinha Campos, daquilo que está acontecendo no Iaserj. 
 
Por isso, estou chamando este tema à pauta, para que a Deputada Cidinha Campos e o Deputado Geraldo Moreira possam refletir mais profundamente sobre o que constataram nessa visita e esta Casa se mobilize numa grande audiência pública, para que algo de fato possa ser feito, e não como está acontecendo hoje, a Casa como um todo quedando-se inerte e o rolo compressor passando em cima de todos nós.


A SRA. CIDINHA CAMPOS – V. Exa. me concede um aparte?




O SR. LUIZ PAULO – Concedo um aparte à Sra. Deputada Cidinha Campos.




Para continuar lendo o texto, clique aqui.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Afiaserj na Confecom Rio

O governo do Rio segue contrariando os  ditames da moderna administração pública e desmonta uma das mais tradicionais instituições de saúde do país: o Iaserj nas mãos de Cabral se desmantela e deixa no ar algumas  questões:

  • Pode um governo que se diz democrático se desfazer do patrimônio público sem dar nenhuma satisfação aos servidores?

  • Pode uma organização de saúde funcionar sem uma política de financiamento e atendimento, de recursos humanos e de comunicação?

Massacrados por uma política salarial desumana e  por um clima organizacional sufocante, os funcionários do Iaserj protestam. É um protesto que luta contra o imobilismo de um governo que usa o marketing fácil das UPAS e não investe  na saúde preventiva que aliviaria as pressões nas emergências dos grandes hospitais.

Para reforçar esta política , sucateia as unidades ambulatoriais e entrega o terreno do Iaserj para o Inca, contraditóriamente, amplia o atendimento para o SUS,  criando para o conjunto da sociedade, a falsa ilusão de que há serviços suficientes para todos.

Ledo engano: sem diálogo e sem respeito pelos trabalhadores públicos, alvos fáceis da truculência  de  sua política de segurança, o jornalista formado, Sérgio Cabral ,expõe a dura face de uma política que não prioriza o social e privatiza o que é público.

Para preservar seus interesses locais e não bater de frente com as intenções de seus patrocinadores, Cabral aceita promover a Confecom Rio com a restrição de não debater temas do Estado. Um absurdo que revela a prática de tentar varrer para debaixo do tapete as contradições de seu governo.


A Afiaserj participa nos dias 30, 31 de outubro e 1º de novembro da I Conferência Estadual de Comunicação, a ser realizada no Campus da Uerj com o objetivo de discutir políticas públicas e o marco regulatório para o setor. No Brasil, os meios de comunicação de massa estão nas mãos um  reduzido grupo de empresas familiares.

A participação da Afiaserj na Confecom surge a partir do acúmulo de discussões do Blog Viva Iaserj, uma aposta na construção de canais democráticos de participação popular. Com as novas tecnologias, a comunicação passou a ter duas vias, ninguém hoje em dia, é consumidor passivo de notícias. O leitor faz a sua parte, fiscaliza e  acompanha bem de perto a produção de conteúdos.

Prova dos efeitos dos avanços tecnológicos na comunicação popular é a repercussão das imagens da agressão sofrida  pelos  professores da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro. A indignação tomou conta da população que tomou conhecimento  do despreparo de alguns policiais.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

 Ato Público


Contra as Organizações Sociais em Defesa da Saúde


Dia 22/10/09   5ª feira    às 11h


Local: Rua México, 128, na Secretaria de Saúde- Sesdec.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Abraçe o Iaserj 

Rede estadual de saúde do servidor luta contra o sucateamento






No dia 13 de outubro, os servidores públicos promovem um abraço ao Iaserj. Justiça seja feita,  o Instituto dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, tem sido gradativamente destruído pelos sucessivos governos  que estiveram à frente do Palácio Guanabara desde a década de  80. O governo Cabral acelera o desmonte, entregando o patrimônio público sem que os servidores do Estado, seus principais construtores, sejam consultados.

A esperança de que Cabral cumprisse as promessas de campanha e restaurasse a estrutura que já foi referência nacional,  se perdeu nos últimos anos, acalentado pelo sonho olímpico o governador passa por cima do bom senso e fecha importantes  unidades   do Iaserj como  Penha, Madureira, Maracanã, Gávea e Niterói.

Em 1979 era inaugurada o ambulatório do Iaserj Niterói, primeira unidade  fora da capital, sua construção foi planejada para servir de ponta de lança em um programa de interiorização que levaria o instituto para todos os servidores públicos do Estado.

Hoje o prédio,  que poderia se transformar em uma unidade de atendimento hospitalar,  desafogando o Hospital Central  está abandonado, a direção do instituto só se manifesta quando é provocada pela imprensa, mesmo assim para justificar a desativação do ambulatório com uma condenação do imóvel  pela Defesa Cívil, funcionários contestam esta informação e afirmam que nenhum laudo foi apresentado oficialmente.

De qualquer forma, a informação é a primeira vítima no Estado em que o governador é jornalista. A Assessoria de Imprensa do Iaserj foi desativada, o mesmo ocorre com a Diretoria de Recursos Humanos, iniciativas que confirmam o desapreço do governo com a saúde dos servidores públicos estaduais.

Abraço ao Iaserj
Dia 13 de outubro, às 10 hs.
Hosp. Central: Av. Henrique Valadares, Cruz Vermelha.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

IASERJ URGENTE

Assembléia extraordinária da AFIASERJ

14 de outubro (4ª feira)
às 13 horas
Local: IASERJ Central
(auditório da Cardiologia/ ambulatório/ 2ºandar)

Pauta:

  • Conjuntura política para o soerguimento do IASERJ

  • carga horária

  • Piso salarial

  • PCCS

  • Semana científica

  • Vale transporte 

Compareça você é importante!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Cabral reprime movimento de servidores

Cabral reprime movimento de servidores

Promessas esquecidas


governador: promessas ao vento

Em 2006 o candidato Cabral se comprometia com a melhoria das condições de trabalho dos servidores da saúde em 2009, o governador esquece o que disse e sucateia os serviços públicos do Estado.

Relembre:


A saúde é uma das áreas em que Sérgio Cabral promete mudar a política. Candidato apoiado pela governadora Rosinha Garotinho, o peemedebista afirmou que pretende acabar com as indicações políticas para a direção de hospitais e melhorar os salários da categoria.

- Nos próximos quatro anos, faremos concursos para todas as categorias em que há necessidade e acabaremos com o excesso de terceirização.

Publicado em O Globo de 29 de outubro de 2006

PS: A saga destruidora do governador parece não ter fim, depois de sucatear o ambulatório do Iaserj em Niterói, ele despeja, no mesmo município, o Museu da Imprensa, instalado na sede do Diário Oficial do Estado.
Formado em jornalismo, Cabral parece ter esquecido mais do que as promessas de campanha, ao que tudo indica, ele não se lembra da importância de se preservar a história até para não cometer os erros do passado.
E o passado ensina que todos os governantes que promoveram o massacre do funcionalismo , perderam poder. É uma lição para não esquecer.

Polícia de Cabral reprime manifestação de servidores




As cenas (acima) retratam a truculência e a falta de compromisso do governo Cabral com a educação e os servidores do Estado , não bastasse a política salarial que congela salários e sucateia o patrimônio público , a população do Rio de Janeiro assiste, perplexa, ao espancamento de profissionais da educação que reivindicam mais respeito e dignidade.

Estas imagens estariam condenadas ao esquecimento, entretanto, graças à internet podemos repercuti-las e denunciar o tratamento violento que o governo do Sr. Cabral dispensa aos servidores públicos.

domingo, 16 de agosto de 2009

Estado investe R$ 569 milhões em tecnologia.... mas desvaloriza servidores

A manchete do Jornal O Globo pode levar o leitor a imaginar que o Estado do Rio é vanguarda quando o assunto é tecnologia, mas não é bem assim, pois suporte tecnológico sem investimento em recursos humanos por si só não transforma o Rio de Janeiro em referência de gestão.
O exemplo do Iaserj é ilustrativo, não só não há investimento na modernização tecnológica como o setor de recursos humanos foi simplesmente extinto, além disso a instituição não se comunica nem com os funcionários nem com a população, o site do Iaserj não é atualizado e não existe assessoria de comunicação.
Logo, o propalado investimento tecnológico acontece em áreas restritas deixando saúde e educação na retaguarda das inovações que para dar certo precisa investir na valorização e na atualização dos servidores. O resto é conversa para iludir eleitor.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Presidente da Afiaserj discursa na Manifestação dos Servidores

A presidente da Afiaserj, Mariléa Ormond, discursou na manifestação dos Servidores do Estado defendendo a instituição contra a política de sucateamento do governo Cabral.
A Afiaserj é uma das 42 entidades que integram o Movimento Unificado dos Servidores do Estado, na luta pela reposição das perdas salarias e pela melhoria das condições de trabalho no serviço público. Áreas prioritárias como educação, saúde, segurança estão abandonadas pelo governo que completou 3 anos de mandato mas que até agora desprezou a importância do funcionalismo público estadual.

MUPE

Servidores públicos cantam o hino nacional no protexto contra o governo Cabral.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

SERVIDORES PROTESTAM CONTRA CABRAL

Manifestação convocada pelo MUSPE mobilizou os servidores contra os baixos salários pagos pelo governo do Estado.Eles reivindicam um reajuste de 70%, a incorporação das gratificações e a melhoria das condições de trabalho.
Os funcionários da saúde suspenderam a paralisação de 48 horas para não prejudicar ainda mais a população fluminense. A população será informada sobre os problemas enfrentados pelo setor, no caso do Iaserj, além dos baixos salários, a falta de uma política que defina a missão e os objetivos da instituição provoca a revolta debeneficiários e servidores.








quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Quero meu Iaserj de volta

Nesta Quinta-feira, 13 de agosto, às 10hs, os servidores públicos do Estado do Rio de Janeiro estarão concentrados no Largo do Machado para seguir em passeata até o Palácio Guanabara.
Na pauta de reivindicações: a reposição das perdas salariais, a melhoria das condições de trabalho e a recuperação do IASERJ, patrimônio dos servidores dilapidado pela governo Cabral, após ter prometido, na campanha eleitoral de 2006, reestruturar o instituto, o governador aprofunda a crise deixando um rastro de destruição, a lista é imensa serviços e prédios ambulatorias desativados, desmantelamento da estrutura hospitalar, desmotivação do corpo de funcionários com a extinção da diretoria de recursos humanos.
A cada dia, a capacidade de improvisação do Iaserj surpreende, a escolha do Hospital Central como referência no tratamento da gripe suína encobre uma triste realidade: o governo não atualizou as equipes de atendimento para lidarem com esta nova realidade, o resultado é um pânico generalizado de funcionários que temem o contágio pela doença.
O despreparo dos dirigentes, a falta de informações, o desprezo pelo compartilhamento de políticas públicas, a relação vertical, rígida e autoritária da direção que não dialoga com os funcionários nem informa sobre possíveis planos para o futuro.
Este é o momento para discuitir com o conjunto das categorias: o Iaserj é patrimônio de todos os servidores públicos do Estado do Rio de Janeiro que tem o direito de exigir o controle social da instituição, reestrurando e preparando a organização para uma gestão democrática e participativa.

Quero meu Iaserj de volta.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A MILITARIZAÇÃO DA SAÚDE PELO GOVERNO DE SERGIO CABRAL

A decisão deste governo estadual em juntar a Secretaria de Saúde com a da Defesa Civil tem se mostrado desastrosa uma vez que as ações que vêm sendo praticadas estão deixando em seu rastro desemprego e morte. Os trabalhadores do SAMU ficaram sem condições de manter o sustento de suas famílias porque foram substituídos por militares bombeiros que não têm a mínima sensibilidade no trato com os servidores públicos e nem com a população.

No final do mês de maio, o IASERJ recebeu uma ordem vinda da Secretaria de Saúde para desocupar todos os leitos do CTI, deixando-os disponíveis para os “futuros” pacientes da gripe suína. Note-se que naquela ocasião, ainda não havia sido registrado nenhum caso de paciente acometido daquela doença. A ação aconteceu à noite, sem o conhecimento dos familiares dos internos. Os responsáveis pela administração do IASERJ receberam ordens de médicos militares bombeiros e nem questionaram quanto ao absurdo de se transferir, àquela hora da noite, pacientes graves que, naquele horário deveriam estar repousando. Um paciente veio a óbito e a família, avisada pela direção da AFIASERJ, questionou aquela arbitrariedade e registrou queixa da ocorrência na Delegacia Policial da área.

No dia 25 de junho, a Comissão de Saúde da ALERJ, representada pelos deputados Paulo Ramos, Walmir Cabral e Átila Nunes esteve fazendo uma vistoria nas dependências do IASERJ. Aproveitamos para mostrar como aquela direção tem escamoteado a questão da reestruturação da Instituição. Provocamos a visitação dos deputados em todas as instalações que estão sendo substituídas por empresas terceirizadas, como por exemplo, o laboratório de análises clínicas, onde recuperaram apenas um terço do espaço e nele instalaram um laboratório privado, enquanto na área, correspondente aos restantes dois terços, não houve nenhuma obra para revitalização do local e nem renovação dos equipamentos. Está tudo cheio de teias de aranha, poeira e baratas, num espaço que ocupa três andares de um dos prédios do Hospital Central do IASERJ. Dá pena ver a deterioração das instalações de um hospital que já foi referência nacional.

Esta atuação dos bombeiros militares também vem acontecendo nos hospitais da rede estadual uma vez que são eles os responsáveis pelas remoções de pacientes através das ambulâncias do SAMU.

O episódio do óbito no IASERJ nos deu a certeza de que aquele grupo que está lá é apenas testa de ferro, não manda em nada, não decide nada e ignora que haja algum projeto do governo para a manutenção da Instituição. Só sabe dizer que todos os prédios foram doados pelo governador Sérgio Cabral ao INCA, num acordo feito com o ministro Temporão, mas que não conhecem as bases deste acordo. Só estão ali para cumprir as ordens dos médicos militares, mesmo que lhes pareçam absurdas.O governo está aproveitando os holofotes que a mídia está lançando sobre a questão da gripe suína e vem sendo capaz de mostrar que os hospitais estão despreparados, caso haja um surto desta nova gripe, haja vista as declarações do ministro da saúde de que a vacina só estará disponível em maio de 2010 e, a população parece anestesiada com o bombardeio de informações e contra-informações que nem se dá conta da lacuna de tempo que estará permitindo que a gripe se alastre e que haja muitas pessoas levadas a óbito pela incompetência dos dirigentes da Área de Saúde.

Avanir Carvalho Pontes

Diretora de Imprensa e Divulgação da

Regional Centro do SINDSPREV/RJ

terça-feira, 28 de julho de 2009

SOS IASERJ

Os movimentos sociais encontraram na internet uma valiosa ferramenta: blogs e redes sociais denunciam, discutem e repercutem a situação de diversos setores, como a saúde e a educação, que são essenciais para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira.
No Rio de Janeiro, o discurso aparentemente comprometido com os avanços sociais do governador Sérgio Cabral é desmentido pela política de sucateamento do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro. Sem diálogo e transparência o Iaserj é gradativamente desmontado, o patrimônio contruído com a contribuíção de centenas de milhares de servidores é entregue para outras instituições sem a menor satisfação.
Na busca por alternativas que devolvam o Iaserj ao curso de sua história, servidores estão criando páginas de resistência e luta. Nestes canais funcionários e usuários manifestam seu descontentamento mas depositam confiança nos movimentos sociais, na expectativa de que o bom senso prevaleça e seja encontrada uma saída dialogada para o instituto.

Sugestão de sites e blogs:

http://www.sosiaserj.org

http://vamolutar.blogspot.com/

Os movimentos sociais encontram na internet uma valiosa ferramenta: blogs e redes sociais denunciam, discutem e repercutem a situação de diversos setores que são essenciais para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira.
No Rio de Janeiro, o discurso aparentemente comprometido

domingo, 26 de julho de 2009


Desconforto

Cadeira utilizada no setor de Matrícula do Iaserj Central


Condições de trabalho

Estamos iniciando uma nova série em nosso blog: Condições de Trabalho. A idéia é publicar fotos e vídeos que denunciem as precárias condições em que trabalham milhares de funcionários no Iaserj.
Dizem que uma imagem vale mais do que mil palavras, neste sentido, o blog cumpre o seu papel de mostrar a realidade que contraria o discurso oficial dos dirigentes do Instituto. O abandono do Hospital Central e das unidades ambulatoriais é um legado do atual governo,entretanto, servidores obstinados continuam trabalhando, acreditando que ainda é possível reverter este quadro.
Atue você também para transformar esta realidade. Envie fotos sobre as condições de trabalho no Iaserj que publicaremos no Blog.

Nosso email é: vivaiaserj@gmail.com.


quinta-feira, 23 de julho de 2009

A era da modernidade

Máquina de escrever: símbolo de uma gestão estagnada

Dirigentes do IASERJ proíbiram o uso de máscaras para os funcionários do Instituto, o argumento é de que a prática pode agravar o pânico entre a população. Servidores que trabalham nas portarias do prédio estão revoltados com a determinação e se dizem temerosos com o desrespeito a critérios mínimos de segurança.
O IASERJ vive uma crise sem precedentes, o patrimônio acumulado em décadas de contribuição dos servidores está sendo desfeito sem que alguma resposta satisfatória seja dada aos funcionários e usuários.
A incapacidade administrativa pode ser conferida na foto acima, a máquina de escrever revela a estagnação do instituto, a peça que poderia estar confinada em um museu, é utilizada para suprir a demanda não atendida pelos terminais de computadores, que alguns servidores consideram verdadeiras carroças.
No Instituto, servidores reclamam da falta de comunicação: a informação não circula, unidades ambulatoriais são desativadas sem informações prévias e as decisões administrativas são verticalizadas, impossibilitando qualquer avanço no diálogo.
O governador Sérgio Cabral que é jornalista de formação, silencia e nada faz para conter a dilapidação do patrimônio dos servidores, neste momento, poderia lançar o seu olhar para o IAMPS de São Paulo, experiência inspirada no IASERJ fluminense e reverter a destruição do instituto.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Hospitais do Rio não estão preparados para enfrentar gripe suína, afirma vereador

Rio de Janeiro - O sistema de saúde municipal do Rio não está preparado para enfrentar um aumento expressivo no número de casos de Influenza A (H1N1) - gripe suína. O alerta é do presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, vereador Carlos Eduardo (PSB). Ele inspecionou hoje (16) o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, e se disse impressionado com a falta de profissionais e equipamentos no local.

Carlos Eduardo foi investigar uma denúncia de falta de atendimento feita pela parente de uma paciente idosa, que tentou ser internada ontem (15), mas não conseguiu sequer medir a temperatura, pois não havia termômetro. Segundo ele, a situação de despreparo é a mesma nos demais hospitais e postos de saúde do município, que têm 128 casos de gripe suína e hoje registrou o primeiro óbito pela doença.

“Enfrentaremos enorme dificuldades. A epidemia de gripe suína é dez vezes pior do que a da dengue. É preciso melhorar a gestão da saúde, para que não deixe faltar um termômetro em um hospital de emergência”, avaliou o vereador, que é médico e já foi diretor do Hospital Municipal Miguel Couto.

Para ilustrar sua preocupação, Carlos Eduardo citou o exemplo da Rocinha, favela que sofre um surto de tuberculose, agravado pelo fato das casas serem muito próximas umas das outras e não haver ventilação adequada. “A tuberculose enfraquece o sistema imunológico, o que agrava o quadro da gripe. Dizer que os hospitais não estão preparados não é alarmismo. É a verdade”, afirmou.

Ele classificou de “tímidas” as ações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para enfrentar o problema que, entre outras iniciativas, disponibilizou um ônibus volante nos bairros com informações sobre a gripe suína. “Ônibus não adianta. O que adianta é melhorar o atendimento no interior dos hospitais, maternidades e postos de saúde”, disse o vereador.

Segundo ele, a tendência é haver uma migração maciça de doentes para os hospitais públicos, em busca de atendimento, que poderão enfrentar falta de funcionários e de equipamentos básicos.

Outro aspecto criticado pelo vereador é a falta de investimento no Programa de Saúde da Família (PSF), que poderia detectar na ponta os casos de gripe suína: “Já se vão 180 dias e o Rio de Janeiro continua com a pior cobertura do país, com menos de 5% do sistema de saúde atendido”.

A assessoria da SMS rebateu as críticas do vereador. Disse que 200 novos médicos foram contratados desde o início do ano para atuar nas emergências dos grandes hospitais e que ações contra a gripe suína estão sendo tomadas desde os primeiros sinais da doença, que passou a ser monitorada em um gabinete integrado, entre as esferas municipal, estadual e federal.

A assessoria reconheceu que a estrutura do PSF ainda está muito abaixo do ideal, mas informou que já dobrou o número de equipes desde o início da gestão. A secretaria negou que haja falta de termômetros ou de equipamentos para exame de sangue e disse que foi aberta uma sindicância para apurar o que ocorreu com a paciente no Hospital Lourenço Jorge.
Fonte: Agência Brasil.
Fórum discute Saúde e Segurança no trabalho nos serviço público

Estudo promovido pelo Minsistério do Planejamento, Orçamento e Gestão constatou um alto número de afastamentos e aposentadorias precoses em decorrência de problemas de saúde, especialmente adoecimentos mentais e Lesões por Esforço Repetitivos-Ler e Distúrbios Osteomoleculares.
Auditores fiscais do Trabalho alertam que o setor público não cumpre com as normas de prevenção exigidas para a iniciativa privada,regras que se adotadas poderiam evitar muitos acidentes.
Para debater o tema, a FASP e a AFIASERJ promovem nos dias 27 e 28 de Julho o 1º Fórum de Saúde e Segurança no Trabalho dos Servidores Públicos.Leia aqui a programação completa.
Além de discutir a prevenção de acidentes do trabalho, o Encontro vai debater a implantação no Estado de um Programa de Saúde Ocupacional e Segurança no Trabalho.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Vejam como funciona o Iaserj de São Paulo.
Algumas características que garantem o funcionamento do Iamspe lembram o instituto fluminense.

O Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual) é uma autarquia ligada à Secretaria Estadual de Gestão Pública cujo principal objetivo é prestar atendimento médico aos funcionários públicos estaduais, seus dependentes e agregados.

O Instituto possui três departamentos que são o Hospital do Servidor Público Estadual "Francisco Morato de Oliveira" (HSPE-FMO), o Departamento de Administração e o Departamento de Convênios e Assistência Médica (Decam), que coordena 18 Centros de Assistência Médica Ambulatorial (Ceamas) espalhados pelas principais cidades do interior paulista, além de centenas de convênios com importantes hospitais, clínicas e laboratórios, que atendem aos funcionários dentro de suas próprias regiões.

O Hospital do Servidor foi inaugurado em 9 de julho de 1961, na capital, completando 47 anos de existência em 2008. Desde que foi criado passou por mudanças estruturais até chegar no modelo atual que é o Iamspe. É mantido pelo desconto de 2% em contra-cheque do funcionalismo público estadual ( como era aqui antes do RIOPREVIDÊNCIA 11% / 9% IPERJ e 2% IASERJ ), oferece um sistema de saúde de alta, média e baixa complexidade e de baixo custo aos seus usuários.

Prédio do IAMSPE

Colaboração do leitor: Newton Fernando

sábado, 11 de julho de 2009

Governo do Rio desativa o IASERJ

A publicação do INCA expõe o que o governo do Estado faz questão de esconder: o patrimônio dos servidores públicos do Estado de Janeiro está sendo entregue ao governo federal, sem que os maiores interessados, servidores e seus dependentes, tenham sido consultados.
A operação de desmonte é marcada pelo silêncio dos dirigentes que desativaram ambulatórios, serviços e setores estratégicos para uma organização como o Departamentos de Recursos Humanos e Comunicação.
Além do Hospital Central estão sendo desativadas as unidades de Niterói e Gávea, segundo o diretor de Assistência, Ewerton Martins, a unidade de Niterói está sendo devolvida ao Estado e o Ambulatório da Gávea será entregue à Cohab.

O diretor de Assistência não quis se pronunciar sobre os planos do governo para o instituto, no entanto, a escassez de recursos, as condições inadequadas de trabalho e a falta de diálogo antecipam um futuro de dificuldades para a instituição.

A presidente da Associação dos Funcionários , Mariléia Ormond, lamenta a falta de diálogo com o governo Cabra e ressalta que o instituto foi construído e mantido graças aos recursos do próprio funcionalismo estadual, que descontava 2% de seus salários para manter o IASERJ em funcionamento, independente das verbas orçamentárias das sucessivas administrações, que só fizeram desmoronar toda essa estrutura, a partir da interrupção do desconto dos servidores. É bom lembrar que o instituto já foi apontado como unidade de referência em saúde na América Latina, em todas as especialidades médicas.

Leia a seguir a íntegra do informe do INCA:


Inca rumo à construção do novo campus

Quatro passos para o início da construção do novo campus do INCA já estão em andamento. Cada um deles viabilizará uma ação que deixa o Instituto mais próximo de erguer, em área cedida pelo governo do Esta do do Rio de Janeiro, um centro de desenvolvimento de inovação tecnológica para o controle do câncer no Brasil.
Abaixo, a situação, até o fechamento desta edição das primeiras etapas da caminhada do INCA rumo a esta conquista:
- constratação de serviço de topografia e estudo de solo.
Estudos mostrarão, por exemplo, quanto subsolos a edificação pode ter. O serviço contratado, que será realizadoentre os meses de maio e junho, mapeará também a localização da árvores nativas, a idadde de cada uma delas e quantas devem ser replantadas.

- Contratação dos serviços de assessoria técnica do Instituto Brasileiro de Administração Municipal(Ibam).
O trabalho, que deve ser concluído em novembro, traçará as condições necessárias de infra-estruturae serviços urbanos para a a construção de uma edificação deste porte, incluindo necessidades relativas a transporte e acessibilidade.

- Contratação dos serviços de desconstrução e de desmontagem dos imóveis localizados na área cedida ao INCA, atrás do HCI.

O projeto básico para contratação deste serviço está sendo revisado pela equipe da Coordenação de Administração para que a licitação, prevista inicialmente para julho, possa ser viabilizada.

- Contratação de serviços técnicos especializados de engenharia e arquitetura.

Este processo visa à contratação da empres que irá desenhar o projeto arquitetõnico e de engenharia do novo campus. A licitação, prevista para julho, será feita por uma concorrência internacional, para que o INCA possa contar com o que há de mais moderno em termos de tecnologia na área de saúde.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Iaserj: foto de satélite

Servidor Público


Imagine que durante décadas você financiou um plano de saúde e acumulou um considerável patrimônio, considere que o teu sócio nesta empreitada resolva se desfazer de valiosos bens e tome decisões sem ouvir a outra parte da sociedade.
Pois não precisa imaginar, pois é isso que acontece com o patrimônio acumulado em décadas de desconto em folha: o governo do Estado entrega o patrimônio dos servidores públicos estaduais ao Inca, sem nenhuma negociação com o funcionalismo, sem um diálogo sequer, uma decisão unilateral que desrespeita os funcionários e seus dependentes e que revela uma face cruel de um governo que não explicita seus projetos deixando angustiados uma legião de trabalhadores.
A direção do Iaserj é incapaz de estabelecer pontes, de abrir canais de comunicação liberando informações sobre os planos da atual gestão para o instituto.
Nos corredores do Hospital, servidores desmotivados convivem com a falta de condições adequadas de trabalho, a deficiência da estrutura decorre não só da crise de investimentos que atingiu em cheio o Iaserj mas da falta de um planejamento estratégico que resgate a instituição considerada no passado referência nacional em saúde.




Servidor Público

Imagine que durante décadas você financiou um plano de saúde e acumulou um considerável patrimônio, considere que o teu sócio nesta caminhada resolva se desfazer de valiosos bens e tome decisões sem ouvir a outra parte da sociedade.
Pois não precisa imaginar, pois é isso que acontece com o patrimônio acumulado em décadas de desconto em folha: o governo do Estado entrega o patrimônio dos servidores públicos estaduais ao Inca sem uma negociação, sem um diálogo sequer, uma decisão unilateral que desrespeita os funcionários e seus dependentes e que revela uma face cruel de um governo que não explicita seus projetos e deixando angustiados uma legião de trabalhadores.
A direção do Iaserj é incapaz de estabelecer pontes, de abrir canais de comunicação interna que libere informações sobre os planos da atual gestão para o instituto.
Nos corredores do Hospital, servidores desmotivados convivem com a falta de condições adequadas de trabalho, a deficiência da estrutura decorre não só da crise de investimentos que atingiu em cheio o Iaserj mas da falta de um planejamento estratégico que reconfigurasse a instituição que no passado foi referência nacional em saúde.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Assembléia no Iaserj

Na quarta-feira, 24 de junho, às 10:00hs, haverá uma assembléia dos funcionários no pátio do Hospital Central. Em pauta a situação do Instituto: o sucatemento das unidades, as transferências sem critérios de funcionários, o desmantelamento programado da instituição.
Os servidores reclamam da falta de diálogo da atual direção, há um desconhecimento geral sobre as intenções da atual gestão, a informação não circula, os projetos, se existem, estão guardados em uma espécie de caixa preta.
O Instituto desativou o seu departamento de recursos humanos e não dispõe de uma assessoria de comunicação, diante de um quadro tão devastador e para não perder de vez a motivação é necessário reagir e convidar trabalhadores públicos e a sociedade em geral para acompanhar a situação do instituto.
Este blog vai continuar divulgando os fatos relativos ao desmonte e as inciativas que estão sendo desenvolvida por organizações da sociedade cívil para impedir o fim do Iaserj. O movimento dos trabalhadores e usuários do Instituto vai contar com o importante auxilio das redes sociais na luta por mais diálogo, eficiência e democracia na saúde do Estado do Rio de Janeiro.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Sobre o IASERJ

A recente troca de comando no governo do Estado do Rio trouxe mais uma vez à luz a precária e já endêmica situação dos serviços e instituições de saúde do estado. Entretanto, um pouco além dos holofotes, certas considerações precisam ser feitas. Algumas delas se referem ao IASERJ, instituição particularmente cara aos psicólogos do Rio de Janeiro, destinado a acabar sendo incorporado ao SUS e substituído, em sua atribuição de atender aos servidores públicos estaduais, por planos de saúde privados ao modelo do município do Rio de Janeiro.

O IASERJ, leia-se Instituto de ASSISTÊNCIA ao Servidor do Estado do Rio de Janeiro, tem uma história peculiar. Teve sua origem num sistema criado por um grupo de servidores para credenciar médicos para seu atendimento e veio posteriormente a ser encampado pelo Poder Público, na forma de autarquia, financiada pelo desconto feito em folha dos servidores e seu valor correspondente a ser depositado pelo Estado. Dessa forma cresceu, se tornou uma instituição modelo, conhecida pela excelência de seus serviços médicos e cirúrgicos, pela assistência social e pelo atendimento em saúde mental, no qual foi pioneiro e abriu espaço para práticas psicoterápicas em serviço público.

Os servidores e seus dependentes adquiriram direito ao atendimento no Hospital Central e seus ambulatórios, no Hospital Eduardo Rabelo (geriátrico) e nos ambulatórios periféricos, como Maracanã, Penha, Madureira, Gávea, Nova Iguaçu e Niterói, além de médicos e serviços conveniados por todo o estado.

Ocorreu que o Poder Público – Estado e Município do Rio de Janeiro, que integrava o sistema – deixou de repassar, inicialmente, o que seria sua parte do financiamento do Instituto. Posteriormente, nem mesmo a contribuição dos servidores, descontada em folha, chegava ao IASERJ. Hoje todo o desconto passou a se destinar ao Rioprevidência, não havendo mais desconto específico para o Instituto. Como conseqüência destas faltas, iniciou-se um processo de decadência, com a deterioração ou mesmo falência dos seus equipamentos, espaços físicos e mobiliário, além da desorganização dos serviços contratados de firmas de manutenção, alimentação, limpeza etc.

Aliados a isso, os baixos salários e a ausência de concursos públicos por longos anos resultaram na diminuição do quadro e em nomeações sem critério, que resultaram em perdas na cultura e práticas da instituição. Do ponto de vista administrativo o quadro segue a mesma tendência, pois as constantes substituições do comando, ao sabor dos interesses e acordos políticos, provocou uma descontinuidade que tornou inviável a implementação de qualquer projeto a longo ou médio prazo. Da mesma forma, nos últimos anos a nomeação para cargos em comissão de pessoas estranhas aos quadros do IASERJ, antes restrita aos cargos mais altos passou a se disseminar em todos os espaços e níveis, trazendo claros prejuízos aos serviços.

Para os psicólogos, o IASERJ tornou-se um espaço de trabalho precioso. Contratados inicialmente para efetuar psicodiagnósticos, ainda nos anos 70, sobretudo no Setor Infanto-Juvenil do Ambulatório do Maracanã, onde se concentrava o atendimento à saúde mental, os profissionais ampliaram gradativamente este espaço, através do respeito conquistado pela sua atuação. Com o tempo, além do próprio setor de psiquiatria, onde se faziam atendimentos em psicoterapia, familiares, de grupo e trabalhos com alcoólicos, entre outros, os psicólogos foram atingindo mais setores do Instituto: Seleção e Treinamento, Saúde Ocupacional, Psicossomática, Medicina Física, Creche etc.

Vale perguntar de imediato: que plano de saúde privado disponibilizará o atendimento psicoterápico oferecido hoje nos vários ambulatórios e Serviço de Psicossomática? E ainda: será que essa população, que busca atendimento psicoterápico no serviço público de saúde, tem direito a tal atenção sem ter desenvolvido quadros psiquiátricos? Ou esta deve estar restrita àqueles que podem e se dispõem a freqüentar consultórios particulares?

Não somos, por princípio, contrários à integração do IASERJ ao SUS. Somos contra a perda das possibilidades de atenção à saúde que isso pode vir a representar, praticamente assumida pelas autoridades ao propor plano de saúde privado para compensar a perda do IASERJ. Somos contra o conceito embutido nesta privatização, de que serviços de saúde públicos se destinam a indigentes e não aos trabalhadores que os financiam, através de seu descontos de impostos.

Somos a favor do SUS – Sistema Único de Saúde – e da Constituição Federal que preconiza que a atenção à saúde é um direito e atribuição do Estado. Por último, nessa época em que se fala de um genocídio que se dá nos órgãos de saúde do estado, cabe perguntar afinal quem são os genocidas. Serão os profissionais de saúde, que têm sua evidente responsabilidade, ou serão os gestores de todos esses anos e os interesses intervenientes nas decisões e omissões?

O IASERJ e todo o sistema de saúde do estado são, hoje, certamente, aquilo que o poder público fez deles. Por isso mesmo, pelo que tem de história e possibilidades continuamos acreditando que uma política séria de recuperação e desenvolvimento, urgente mas sem imediatismo, é possível e necessária

Por Roberto Stern




Reproduzimos o texto do psicólogo Roberto Stern publicado originalmente no site do CRP em março de 2007. Se ignorado o contexto, poderia ser um relato do período atual, não fosse o agravamento da situação do instituto.
Os dirigentes do IASERJ poderiam aproveitar a oportunidade para uma reflexão sobre as suas reais intenções, os métodos empregados pela atual direção corroboram a idéia de que o atual projeto não coaduna com o discurso de modernidade administrativa anunciado pelo governo Cabral.
Os servidores querem coerência, transparência e diálogo, pedem pouco pois sabem das limitações que regem a administração pública, mas sabem também que a saúde é declaradamente a prioridade de todo candidato que se preze.
O atendimento das reivindicações dos servidores, no entanto, entra no terreno vago dos restos a pagar, da falta de recursos e outros argumentos menos cotados, felizmente, a população está atenta e responde rapidamente contra o descaso.