sábado, 2 de maio de 2009

IASERJ NA IMPRENSA

O site You Pode repercutiu reportagem publicada no Jornal do Brasil do último dia 30 na qual são denunciadas as remoções inadequadas de pacientes internados no Centro de Terapia Intensiva do Iaserj.

Leia a íntegra do texto aqui.

A matéria intitulada de "Escondendo a informação" revela que em uma dessas transferências ocorreu um óbito, segundo o JB, Mariléa Ormond, presidente Associação de Funcionários do instituto, reagiu indignada e anunciou que pretende testemunhar contra o estado no caso desta morte.

A situação do IASERJ se agrava a cada dia, o governo do estado se mantém impassível, não há informações sobre os projetos para a instituição, a inexistência de uma assessoria de imprensa dificulta o acesso aos relatórios e planos da gestão atual, o desmonte incluiu até mesmo a desativação do Departamento de Recursos Humanos e os servidores manifestam suas preocupações com o desmonte gradativo daquele que é considerado um patrimônio dos funcionários públicos do Estado do Rio de Janeiro.

4 comentários:

  1. TRABALHO NESSA INSTITUIÇÃO,NAQUAL ESTÃO ACABANDO COM O SERVIÇO DE MEDICINA FISICA E REABILITAÇÃO.O TRATAMENTO DADO A NOS FUNCIONARIOS E PACIENTES ME LEMBRA ADITADURA MILITAR .ELES ESTÃO AOS POUCOS EXTERMINANDO OS SERVIÇOS E COLOCANDO AS PESSOAS EM ESTADO MAXIMO DE TORTURA SEM SABER O QUE ESTA POR VIR.
    TORTURA NUNCA MAIS..........IASERJ VIVE UM SISTEMA DE DITADURA.
    DRA TANIAREGINA CANARIM .FISIOTERAPEUTA

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  2. Triste para mim,funcionária dessa instituição ver o descaso e desrespeito de nosso atual governo com funcionários e pacientes do Iaserj Central.A impressão é de pouca transparência e desinformação dos reais planos para o Hospital do Iaserj Central.Não somos informados de nada e a cada dia uma nova surpresa desagradável.A última foi
    a forma como foi feita a remoção de todos os pacientes do prédio clínico,na calada da noite,culminando com o óbito de um paciente grave,do CTI,para justificar usar todo o prédio para receber pacientes de gripe suína.O mesmo foi fechado e permanece um guarda na porta não permitindo a entrada de ninguém no local.Será que nossos políticos e governantes dariam o mesmo tratamento a seus familiares ou a si mesmos?Realmente chocante!!Não somos estatisticas,nem estamos aqui para gerar lucros!!Não somos "vagabundos",nem moleques para recebermos esse tratamento.ÉTICA E DIGNIDADE JÁ!!!!Ainda vivemos em uma democracia,mas não é o que tem parecido ocorrer na saúde,que anda cada dia mais doente,ouso em dizer em estado terminal!!

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  3. Licia,
    Vou subir a sua participação para a parte principal do Blog, creio que ela é contempla a muitos leitores e continue participando, quem quiser pode enviar texto e foto que na medida do possível publicaremos.
    Abraços.
    Márcio Kerbel.

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  4. Este é o ofício enviado ao governador narrando as ações truculentas ocorridas no IASERJ, que Mariléia pediu para que fosse denunciado também a todas as entidades de Direitos Humanos.

    Avanir Carvalho Pontes

    Exmº Sr.
    Sérgio Cabral Filho
    Governador do Estado do Rio de Janeiro



    Senhor Governador


    Acreditando que V. Exª tenha tomado conhecimento das ações malfadadas praticadas no Hospital Central do IASERJ, nos dias 28/04/09 e 29/04/09, pelos jornais, resolvemos narrar para que V. Exª possa avaliar se as atitudes do pessoal que praticou as ações estão de acordo com as orientações que daria, se estivesse à frente daquele mutirão.

    É imperioso que a AFIASERJ venha denunciar os fatos circunstanciais e até desrespeitosos, que ocorreram no IASERJ, no dia 28/04/2009, que ora passamos a relatar.

    Tomamos ciência que pela manhã fora passada uma ordem, por parte do Dr. Ewerton Mozart Martins, que disse ser ordem da Secretaria de Saúde, para que os pacientes que estavam ocupando os leitos do CTI (Centro de Tratamento Intensivo) e enfermarias fossem transferidos, com urgência, a fim de que o “IASERJ pudesse dispor dos leitos para ocupação de portadores da Gripe Suína”.

    Sabedores deste fato permanecemos, no IASERJ Central, para que pudéssemos acompanhar os desdobramentos daquela ordem, até às duas horas (da madrugada), quando a presidente da AFIASERJ, Drª Mariléa Ormond e a Diretora Elisabeth Acampora puderam presenciar a remoção, que teve início às 19:35 e término às 23 horas, de cinco pacientes conforme discriminados a seguir:
    1 - Ida Lisboa – 19:45h, para Hospital Alberto Shuwaizer, 2 - Valter dos Santos- 20:00h, para Hospital Alberto Shuwaizer; 3 - Cezar Mena Barreto -21:.00h, para Hospital Alberto Torres; 4 - Francisco Orlando Alves- 21:30h, óbito no pátio do IASERJ, dentro da Ambulância, 5 - Vanessa Januário- 22:30h, para Hospital Alberto Shuwaizer.
    Frisamos que estas transferências ocorreram sem que os familiares tivessem sido avisados previamente, conforme informações de alguns deles, que chegaram ao Hospital às 22.30h, por terem sido avisados pelo Serviço Social, e que, quando lá chegaram, não encontraram mais seus respectivos doentes.
    Drª Mariléa Ormond, presidente da AFIASERJ, inicialmente interpelou os funcionários do Corpo de Bombeiros por estarem fazendo as referidas remoções, indagando: “com ordem de quem aqueles pacientes estavam sendo transferidos sem que seus familiares fossem notificados, pois entendia que isto era um desrespeito ao paciente posto que àquela hora, acreditava que os pacientes deveriam estar em seus leitos, descansando, devidamente medicados”.
    Os tenentes médicos das ambulâncias do SAMU responderam que estariam atendendo às ordens superiores do Secretário de Saúde.
    A diretora Elisabeth Acampora perguntou se estavam de posse de algum documento que respaldasse aquelas remoções do CTI (Centro de Tratamento Intensivo) e disseram que eram ordens verbais. O Dr. Augusto, que estava de plantão no CTI, informou que o paciente fez óbito e que o Dr. Alex deu ordem para colocá-lo no necrotério. Estas remoções foram registradas pelos jornais O GLOBO, EXTRA e JORNAL DO BRASIL, conforme cópias das reportagens que seguem em anexo.
    Após a constatação do óbito, os responsáveis pela remoção, saíram com o cadáver das dependências principais do IASERJ, na ambulância, em direção à rua. Depois de trafegarem por alguns minutos, uma funcionária plantonista, gritou do pátio que estariam abrindo o necrotério do IASERJ, localizado na rua Washington Luis. A presidente da AFIASERJ juntamente com a diretora Elisabeth Acampora correram pelo pátio, que tem comunicação interna, com o necrotério e encontraram o funcionário administrativo de plantão Sr Valcir Pereira Viana que, quando questionado disse que cumpria ordens do administrador. Sabemos que o administrador é o Sr. Alex Lima Sales (engenheiro) e procuramos sensibilizar o servidor dizendo-lhe que não podia compactuar com aqueles fatos irregulares. Ele voltou a dizer que estava cumprindo ordens superiores.
    Em decorrência do óbito, da presença de quase todos os funcionários plantonista do IASERJ, e de alguns familiares dos pacientes no pátio, as remoções foram suspensas.
    Por volta de 00:30 minutos, do dia 29/04/9/2009, a emissora de TV Brasil- Canal 2, foi impedida de adentrar nas dependências do IASERJ, por ordens do Administrador, Sr. Alex, através de contato telefônico, acarretando a colocação de correntes e cadeados nos portões da entrada do estacionamento. Apesar destes fatos, a reportagem da TV Brasil permaneceu em frente ao IASERJ, onde realizou entrevistas com funcionários e familiares dos pacientes removidos, que foram ao ar no mesmo dia 29/04/2009 às 12.30horas.
    A TV Brasil chegou até ao IASERJ, por estar na 5º DP, quando os familiares foram lá para registrarem queixas de seqüestro do seu doente internado no IASERJ, por parte do Estado, posto que não foram notificados sobre a remoção.
    No mesmo dia, 29/04/2009 a diretora da AFIASERJ, Elisabeth Acampora dirigiu-se ao Serviço Social, por volta das 10:00 horas, para saber do Assistente Social se haveria alguma remoção programada para aquele dia. O referido Assistente Social disse que desconhecia qualquer informação a respeito e que a colega Rosangela Gusmão da Silva, do plantão noturno, havia deixado tudo pertinente aos fatos ocorridos, registrado no livro do Serviço Social.
    Logo após, chegou ao Serviço Social um médico, que solicitou o livro de ocorrências para tomar conhecimento dos registros noturnos. O Assistente Social disse não ter ordens para permitir a retirada do livro.
    Neste momento, a diretora Elisabeth Acampora indagou se o médico era funcionário do IASERJ. O mesmo identificou-se como Major Max, do Corpo de Bombeiros, responsável pelo CTI. Na presença do Assistente Social, Dulcidio Tamanqueiro A diretora Elizabeth Acampora perguntou ao referido Major se havia sido expedido algum documento por escrito, autorizando aquelas remoções e ele respondeu que atendia a ordens superiores e tentou intimidá-la perguntando-lhe com o dedo apontado para seu rosto: “O que ela iria fazer com o que seus olhos haviam visto”? – Ela retrucou dizendo: Que a pergunta não a intimidava e nem a acuava, posto que o que seus olhos viram estava documentado pelas reportagens de Jornais e TV’s.
    É imperioso destacar que é um paradoxo fazer remoções de CTI de pacientes reais em nome de uma provável ocupação de “pacientes virtuais”, até a presente data, posto que ainda não havia sido confirmado nenhum caso de Gripe Suína no Brasil. Entendemos que estas condutas aqui relatadas são formas de disseminar pânico entre a população e que contrariam as palavras do Presidente Lula, quando disse em rede nacional: - não podemos “compactuar com terrorismo” para com a população.
    Estas denúncias têm total relevância para a AFIASERJ por entendermos que: “Não vamos nos calar, quem cala consente, nós somos conscientes, não vamos nos calar”!
    Existe uma gravidade de Ordem Superior que é o fechamento do Serviço de Raios-X e do Centro de Esterilização, os quais são fundamentais para que se possa abrigar e alojar os possíveis pacientes da gripe suína, como também os das demais demandas reprimidas.
    Esperando que V. Exª tome providências que evitem ações como estas relatadas e que faça prevalecer o bom senso nas ações futuras onde deverá ser considerado, antes de mais nada, o ser humano que já se encontra precarizado em sua saúde não sendo necessárias as humilhações e nem o mal-estar causados quando a condição humana das pessoas é relegada ao segundo plano.


    Cordialmente,


    Mariléa Ormond
    Presidente da AFIASERJ



    Elizabeth Acampora
    Diretora da AFIASERJ

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