quinta-feira, 27 de junho de 2013

VANDALISMO DE QUEM?

Os últimos acontecimentos merecem uma reflexão. Há tipos que estão em todas as passeatas dos últimos dias que fazem questão de depredar bens públicos e privados que nos levam a pensar: será que a revolta deles se materializa na vingança contra as políticas públicas que o governo vem implantando(depreda bens públicos) e contra os lucros dos banqueiros, dos donos de transportes, dos empresários (bens privados)?
Será que essa revolta que se traduz na destruição de "coisas" não quer dizer que assim como o governo destrói escolas e hospitais ele também pode destruir a Assembléia Legislativa onde os deputados votam e aprovam seus salários estratosféricos em relação ao salário mínimo do povo trabalhador e do menor vencimento do pessoal da saúde estadual, por exemplo?
Será que toda essa raiva contida há anos não eclodiu agora porque o aumento da passagem foi a gota d'água, a ponta do iceberg do acúmulo de tanto descaso com o povo?
Quer violência maior que a destruição de um hospital que atendia a mais de um milhão de pessoas entre servidores e população para em seu terreno construir um centro de pesquisas, um estacionamento e uma praça e destinarem seus ambulatórios a doações, alguns para a Prefeitura que os transformou em PSF(Programa de Saúde da Família) cuja lógica é atender a população de sua área de atuação e não a qualquer cidadão que necessite de atendimentos médicos como fazia o Hospital Central do IASERJ e seus Ambulatórios?
Não é violência desativar 49 (quarenta e nove) escolas e  vários hospitais estaduais?
Estavam só aumentando a pressão da panela e ela estourou.  O POVO veio pras ruas mostrar sua insatisfação com todos esses desmandos, além da corrupção, do gasto excessivo com obras faraônicas por causa de Copas e Olimpíadas que não garantem nenhum legado para ele. A juventude está no comando das manifestações, mas é preciso que aceitem a experiência organizativa dos partidos políticos de esquerda, como o PSOL, o PSTU, o PCO, o PCR e o PCB porque os dirigentes e os líderes desses partidos sabem organizar os atos de forma a não permitir que se perca o foco da mobilização porque ainda vai durar um bom tempo a ação do povo nas ruas para que esse jogo seja virado.  Os governantes já falam em chamar a liderança do movimento para dialogar. Por que não fizeram isso antes? Por que deixar atingir o ponto de ebulição? Além disso só falam em negociar sobre o valor das passagens e as outras questões, quando vão permitir que o povo opine, quando o povo vai ser consultado antes de privatizarem hospitais e escolas?
Questiono também essa fixação do grupo que depredou a ALERJ em ir para essa Casa Legislativa se o aumento das passagens é votado na Câmara de Vereadores?
Outro detalhe é esclarecer por que quando alguns elementos invadiram as dependências da ALERJ, os policiais que se esconderam  lá dentro não coibiram seus atos impedindo que retirassem móveis e utensílios para colocar na fogueira que fizeram no lado de fora?
Acho que tem gente infiltrada nos movimentos para provocar vandalismo propositadamente e que se a PMERJ quisesse poderia já tê-los identificados e presos. Está tudo muito estranho...

Respeite a liberdade do outro


Peço um minuto de sua atenção para falar de um assunto sério, uma epidemia corre o risco de afetar a nossa população. Pintar verde e amarelo no rosto, cantar o hino nacional, abraçar a bandeira brasileira, enquanto hostiliza filiados a partidos políticos e censura às bandeiras de movimentos sociais. Se você identifica com esses sintomas, cuidado. Você pode ter sido contaminado com FASCISMO, uma doença infecciosa e oportunista, frequentemente confundida com SENSO COMUM, que se espalha através do fortalecimento do medo e da intolerância. Mas não se preocupe. Apenas aplique uma dose considerável de RESPEITO À LIBERDADE DO OUTRO e EMPATIA por seus colegas seres humanos, que em dois tempos você e todos ao seu redor estarão curados. Obrigado. Passe essa mensagem pra frente. Não compartilhe, copie e cole no seu mural para que dificulte o rastreio!

quarta-feira, 5 de junho de 2013

São Paulo: servidores da saúde decidem manter greve e ocupação na Assembleia

 Em greve desde maio, funcionários estaduais pedem aumento salarial.  Ocupação da Assembleia de SP começou na noite desta terça-feira (4).

Os funcionários estaduais da saúde decidiram, na manhã desta quarta-feira (5), que  permanecerão em greve, mantendo a ocupação da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, que começou na noite de terça-feira (4).

Eles realizaram uma reunião em frente à Casa, na Zona Sul de São Paulo. "A greve continua, até agora o governo não atendeu nenhum dos pontos de pauta da reivindicação salarial deste ano", afirmou Gervásio Foganholi, presidente do SindSaúde-SP, que representa a categoria. Os servidores, que estão paralisados parcialmente há 35 dias, disseram que irão se reunir nesta tarde com o secretário de Gestão Pública, Davi Zaia.

Cerca de 80 funcionários passaram a noite no plenário e em algumas salas da Assembleia, com autorização de alguns deputados estaduais. A assessoria da Alesp informou, no início da manhã desta quarta, que não houve registro de conflito e que os manifestantes não devem ser expulsos.

Reivindicações
Os trabalhadores, que estão parados desde 1º de maio, reivindicam a reposição salarial de 32,2%, vale-refeição de R$ 26,22, prêmio de incentivo igualitário e transparência no uso da verba do Fundo Estadual de Saúde (Fundes).

Com informações do G1

domingo, 2 de junho de 2013

Atuializando a luta em defesa do IASERJ

Gostaria de pedir desculpas aquelas pessoas que acompanham esse Blog,  pela falta de notícias.  Acontece que, embora muita gente pense que a AFIASERJ não faz nada ou se faz é mancomunada com o governo, temos estado muito ocupadas na busca da anulação da decisão do Governo Sérgio Cabral em demolir o IASERJ.
Tendo em vista as inúmeras denúncias feitas pela presidente da AFIASERJ, Drª Mariléa Ormond nos órgãos de âmbito estadual sem que tenham surtido nenhum efeito, foi resolvido levar as nossas queixas à Brasília e assim, uma comissão liderada por Mariléa e incluindo, Drª Maria Cristina (Coordenadora do CETAFE), Marcelo Cozzolino ( Presidente do SINFAZERJ) e Drª Lúcia Guedes ( Advogada da AFIASERJ) foram recebidos na AGU ( Advocacia Geral da União) e pelo TCU ( Tribunal de Contas da União) onde expuseram embasados em documentações, toda a odisséia que a AFIASERJ vem vivendo, na luta pela manutenção do IASERJ. Foi feita uma intervenção pelo TCU porque o valor da obra de demolição que nem havia começado, já teve a sua licitação supervalorizada em R$ 46 milhões.  Determinaram que fosse feita outra licitação  e o processo ficou subjudice, ou seja a partir daquela data a demolição não pode ser feita.


No plenário da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, na tarde desta quarta-feira, dia 11 de abril de 2012, a vereadora Sonia Rabello, mais uma vez, defendeu a luta em prol do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado (Iaserj) que terá seu terreno cedido pelo governo estadual para a construção de um centro de pesquisa do Instituto do Câncer (Inca).
“Quem dentre os cidadãos do Rio não acha que o Inca é de grande importância? O Iaserj serviu durante anos a todos os funcionários públicos do Estado e do Município (no Estado da Guanabara). A única solução para expandir o Inca é demolir um hospital público que atende a população?”, questionou vereadora.
Com a atual situação da Saúde no Município e a falta de leitos, o Iaserj teria condições de oferecer cerca de 200 novas vagas para internação com o mínimo de investimento, segundo a vereadora.
“Além da importância do Iaserj, ainda tem mais um agravante. O Hospital de Infectologia São Sebastião, que era no Caju, utiliza hoje as dependências do Instituto. O Estado fecha dois hospitais sem dizer o que fazer com eles”, denunciou.
Confira o discurso da vereadora Sonia Rabello na íntegra aqui.



QUEREMOS UM NOVO HOSPITAL PARA OS SERVIDORES ESTADUAIS


Nada do que fizemos com a nossa resistência à demolição do nosso hospital adiantou para evitar esse ato de lesa pátria.
Como pode um governador do Estado autorizar a demolição de um hospital que atendia aos cidadãos e cidadãs que pagam impostos para terem atendimento de saúde e assistência social porque atendimento à saúde e à educação é direito do povo e dever do Estado, diz a Constituição Federal de 1988. Na Constituição Estadual de 1989 consta no seu artigo 88 que ao servidor estadual será prestada a assistência à saúde e social e como não houve nenhuma emenda à esta Constituição Estadual que alterasse o que lá está escrito, não podemos compreender como pode ser política de governo acabar com um hospital que possuía toda a infraestrutura para o atendimento que sempre fez, atendendo não só aos servidores estaduais como a toda população que devido à carência de locais que a atendesse, procurava os serviços prestados pelo IASERJ com suas 44(quarenta e quatro) especialidades além dos diversos Serviços específicos como o Serviço de Medicina Física, o de Raios-X, o de Endoscopia Digestiva, o de Tomografia Computadorizada, o de Ultrassonografia, o de Odontologia, de Cirurgia Buco-Maxilar, o Serviço de Pronto Atendimento (SPA), O Serviço de Análises Clínicas e Patológicas, o de Cirurgia Plástica, etc. e dos Programas também específicos como o Programa Mulher Saudável, o PROMUSA onde ficavam concentradas as clínicas necessárias ao tratamento preventivo dos males que afetam a todas as mulheres; o Centro de Tratamento de Feridas, o CETAFE que evitou a amputação de membros de diversos pacientes, o Serviço de Colostomia que distribuía bolsas para esses pacientes, o Serviço do Pólo de Hepatite, além do próprio Serviço de Pronto Atendimento (SPA) que substituía o Serviço de emergência devido à desativação do Centro Cirúrgico, logo no início do primeiro mandato deste governo insano. De nada adiantou o IASERJ vir prestando atendimento à população pelo SUS desde o ano de 2000, sem que para isso recebesse algum repasse de verbas federais, com a alegação de que o hospital é da esfera estadual. Como pôde o governador doar o terreno deste mesmo hospital estadual para a ampliação de um outro federal? O IASERJ foi construído e era mantido com os descontos compulsórios que se fazia nos contracheques dos servidores estaduais que não são culpados se desviaram a sua contribuição de 2% sobre os vencimentos para compor a alíquota do RIOPREVIDÊNCIA, junto com os 9% que eram descontados para a previdência, na época, para o IPERJ.
Além disso, em 2007, a Assembléia Legislativa (ALERJ) doou para a reestruturação do Hospital do IASERJ uma sobra de orçamento no valor de R$ 10 milhões de reais que, conforme o responsável pela direção do IASERJ, na época, Dr. Jorge Moll informou que a essa quantia foram somados mais R$ 40 milhões de reais para renovar as instalações do Serviço de Pronto Atendimento e aí? Gastaram R$ 50 milhões de reais para reformar o Serviço, aclimatando-o e informatizando-o e no entanto tudo foi demolido.
Será que ninguém vai ser preso nessa história toda? Por muito menos do que isso, o Dr Gilson Cantarino foi parar no presídio. Lembram-se?
A esperança está viva porque o Tribunal de Contas Estadual mandou desarquivar todos os processos judiciais impetrados pela nossa Associação dos Funcionários e Amigos do IASERJ (AFIASERJ) e num deles já recusou um recurso impetrado pelo governo estadual. Vamos aguardar o desenrolar dos fatos para vermos se tudo isso não acaba em pizza.